sexta-feira, 24 de julho de 2015

Sem peso

As janelas abertas,
o vento correndo por todos os lados.

Um espaço feito de vento, as folhas sempre agitadas,
 os sons saindo e entrando como pequenos grãos.

Ao cair da tarde, ele me leva ao lago de fogo
suspenso no horizonte.
 O lago se expande, a cidade se entorta, o lago...


Com ele dissolvo-me também, 
fico solto e impassível.
Olho pras coisas duras lá em baixo,
e elas já não estão.
Não quero, não penso,
despejo uma luz bem fina.

Sem peso, sem lentes, não sou

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