De retalhos fazemos as coisas
também de pecinhas
mordidas
largadas em caixas carcomidas
com restos arrastamos os rastros
em barbantes rotos atrás de nós mesmos
e as ideias que pensamos tão novas
alinhavam-se em
listras de coisas pensadas antigamente
aparas, fiapos, cadarços,
um botão de camisa desprendido
tudo volta, aquilo que quisemos
e o que não
Esse poema me remete mais uma vez à obra de Burton. Desta vez, o boneco 9, da animação do mesmo nome. Esse personagem, feito de trapos e farrapos, olhos de botões e um enorme zíper no peito, representa a alma humana: coragem, sinceridade e inteligência, mas também comete erros devido à sua curiosidade infinita, principalmente sobre seu presente como consequência de seu passado... É quase um reflexo da criatura/criação do Dr. Frankenstein.
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