Sem
peso
As janelas abertas,
o vento correndo por todos os lados.
Um espaço feito de vento, as folhas
sempre agitadas,
os sons saindo e entrando como pequenos grãos.
Ao cair da tarde, ele me leva ao lago de
fogo
suspenso no horizonte.
O
lago se expande, a cidade se entorta, o lago...
Com ele dissolvo-me também,
fico solto e impassível.
Olho pras coisas duras lá em baixo,
e elas já não estão.
Não quero, não penso,
despejo uma luz bem fina.
Sem peso, sem lentes, não sou.
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